O Projeto Lagoa Viva segue como um exemplo de que desenvolvimento, ciência e preservação podem – e devem – caminhar juntos.

Na última semana, pesquisadores do Projeto Lagoa Viva, parceria entre a Universidade Federal Fluminense- UFF e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá- Codemar, registraram um acontecimento marcante: a presença de uma medusa — popularmente conhecida como água-viva — nas águas que vêm sendo recuperadas por meio da aplicação diária de bioinsumos. Muito mais do que uma simples aparição, esse organismo é considerado um bioindicador natural da qualidade ambiental, sinalizando que os esforços de recuperação do ecossistema estão surtindo efeito.

De acordo com Alexandre Ventura, pesquisador da UFF e coordenador do Biocentro,  as medusas são altamente sensíveis às condições do ambiente aquático. Sua presença indica níveis de oxigênio equilibrados, baixa toxicidade e um ambiente propício à vida marinha, o que revela que a biorremediação vem restabelecendo o equilíbrio ecológico das lagoas de Maricá.

Esse resultado não vem por acaso. É fruto do trabalho contínuo de uma equipe dedicada de cientistas, técnicos e pesquisadores que, dia após dia, monitoram a qualidade da água, aplicam bioinsumos naturais e desenvolvem estudos para entender o impacto dessas ações no meio ambiente.

A biorremediação é um processo baseado na ciência, que utiliza micro-organismos vivos para recuperar ambientes contaminados ou degradados. No caso do Lagoa Viva, o bioinsumo aplicado atua diretamente sobre a matéria orgânica acumulada no fundo das lagoas, reduzindo a carga poluente e permitindo que a vida volte a florescer.

A medusa que apareceu nadando tranquilamente nas águas revitalizadas é, portanto, um símbolo potente: a ciência está funcionando. A natureza está respondendo. E nós seguimos firmes, com a convicção de que cuidar da vida começa por cuidar da água.

Lagoa Viva: onde ciência e natureza se encontram para transformar o futuro.